Diário de Bordo 
Leia aqui os comentários sobre o ano anterior

09/04/2005
    
Sábado de sol, fui com meu sogro para verificarmos o porquê da bateria não estar sendo carregada. Saí de casa com a idéia óbvia do alternador. Antes porém, meu sogro resolveu dar uma olhada no regulador de voltagem, mais à vista, e fácil de olhar... quem sabe não precisaríamos retirar o alternador...
Adivinhe ?


Não sei porque não funcionava mais...

    Após uma busca rápida pelas redondezas achamos um auto-elétrico que tinha o regulador que trocamos rapidamente. Testado o carregamento da bateria com o voltímetro, liguei o motor que pegou sem maiores problemas. Como acabamos ficando sem almoço e já eram mais de 15h, voltamos para um lanche em casa...
    Andei refletindo sobre o acontecido sábado passado (02/04) quando recebi uma visita para ver o Tangata e quero deixar uma reflexão. Uma das pessoas que foi ver o veleiro para compra já havia conhecido o barco através do meu amigo Gustavo, que lhe dera aulas de vela. Ligou-me e havia feito até uma proposta. Quando ligou novamente para ver o barco, disse que traria um amigo que lhe ajudaria a avaliar, pois não conhecia muito sobre vela e estava inseguro. OK, disse, nada de anormal. Comigo foi assim também. No dia marcado, ele apareceu com o Sr. Carlos Polaco, proprietário da escola de navegação Porthos que solicitou permissão para subir à bordo e iniciou seu "trabalho profissional". Ele passou a fotografar com uma câmera digital detalhes como um furo de parafuso sem o parafuso da tampa de acesso ao paiol do cockpit (o trinco foi trocado e a furação velha não batia com o trinco novo) ou alguma água acumulada abaixo dos paineiros do salão central. Não mexeu nas catracas, não verificou velas, sequer tirou a cana do leme presa no estai para verificar alguma folga. Não abriu o paiol de âncora. Não abriu o compartimento do fogão nem verificou a parte hidráulica. Não questionou sobre o motor. Não questionou a possibilidade de tirar o barco em seco e verificar quilha, casco, etc. Mas tirou muitas fotos e, se percebi, de tudo que pudesse demonstrar algum demérito. Foram embora e não ouvi mais falar nem em um, nem em outro até essa data...
O tal "profissional" experiente navegador e proprietário de uma escola de cursos também é broker... Será que isso é ético? Não seria mais apropriado um caderno e um bate papo amigável onde o proprietário participasse da avaliação, sugerindo pontos positivos e negativos de seu próprio barco? Não seria mais cortês oferecer uma cópia da avaliação ao dono do veleiro depois dela feita? 
É, acho que aprendi mais um pouquinho...

02/04/2005
    
Sábado, depois de vinte dias de uma sinusite braba, voltei ao Tangata Manu para mostrá-lo a duas pessoas interessadas na compra (Marcelo e Sr. Dorotheu com sua simpática filha, Ana Luíza). Antes de chegar fui ao clube "Tempo" onde fica sediado meu amigo Daniel Kamamoto, que é o atual campeão paulista da classe Dingue, e que iria defender o título nesse dia. Depois de pegar algumas coisas com ele (quando cheguei ele já estava na água e acabei falando por celular...), fui até a marina. Por lá apareceu também o Ralf Lattouf, que conheci no curso de meteorologia do Fábio Reis. 
Depois desse tempo parado, as baterias estavam arriadas e não consegui dar a partida no motor. Repensando desde a última vez que levai-as para casa e foram carregadas e testadas, só posso concluir que o problema seja no alternador, provavelmente a escova. Deixei as baterias carregando na marina e na próxima oportunidade vou trazer o alternador para casa para testá-lo e arrumá-lo... Por conta das "visitas" acabei não saindo nem com o Tangata Manu nem com o Gustavo, que estava estreando seu Bruma 19, não sem antes ter que ajudá-lo descer o mastro para regular os estais... Com ele acabaram saindo o Marcelo e o Ralf, que até a hora que eu fui embora, por volta de 17:00h não haviam voltado por falta de vento...


                                                                 As visitas...                                                

  
         Quem disse que não vale nada ?                         Gustavo e seu novo Bruma 19

12/03/2005
    
Sábado, fui dar um trato no Tangata e começar a parte elétrica, finalmente. Muito sol e um calor infernal durante o trabalho que foi intenso. Também coloquei as cortinas o que deu um ar gostoso e caseiro ao salão principal. Retirei uma grande parte de fiação que já estava morta, e passei os fios da bomba pressurizadora até a bateria. Achei melhor levar os fios pra casa e trazer o chicote pronto ou pelo menos preparado já que o calor estava demais. Aproveitei para esvaziar o Tangata das tralhas inúteis juntadas nesses dois anos de vela e reformas. Muitas ferramentas e coisinhas que vão ficando, ficando e quando se vê...consegui encher o porta-malas da SW de tanta coisa. Tirei as medidas da parte de baixo do painel onde vai haver uma prateleira. Também recebi a visita do Marcelo e de seu cunhado que quiseram conhecer o Tangata Manu.

27/02/2005
    
Domingo, fui à represa para receber o simpático Sr. Mauro Salgado que queria conhecer o Tangata Manu. Após um longo bate papo e verificarmos os detalhes do veleiro, ele partiu e eu dei uma limpada, afinal desde  o final do ano passado só entrei nele duas vezes e foi pra velejar. O K-Othrine realmente foi 10 para as aranhas. Quem dizer, pra mim. Pra elas foi fatal...Nenhuma viva, só umas teias e muita aranhinha morta. O luz da cozinha não estava acendendo e desmontei para verificar que era um mau contato no terminal que troquei. Consertado! A capa foi pro brejo devido ao desgaste do tempo, mas principalmente devido ao temporal da última sexta-feira, que aliás arrastou uns 5 ou 6 veleiros com suas respectivas poitas, para desespero do Giba. O Tangata ficou comportadinho no seu lugar...  O Gustavo estava lá e me emprestou uma capa até eu levar outra no próximo final de semana. Apesar da chuvinha fina e do mormaço, voltei queimado. Depois fui almoçar com o Gustavo e conhecer o casco do Mutichine 23 que ele comprou para reformar. Lá no Náutico, encontramos o Jorge Bastos e almoçamos com ele, que contou sua viagem de Fortaleza à Vitória, e já começamos a tramar uma REFENO...Quem sabe esse ano dá ! 

20/02/2005
    
Este final de semana não velejamos. Fui acometido de uma gripe terrível e fiquei em casa. Na sexta comprei um motor Mercury 3.3 hp como parte do "enxoval"... Fiquei só olhando pra ele... 

08/02/2005
    
Segundona de carnaval. Muito sol e muito vento. Rajadas de 20 kn mais constantes que o normal, embora rondassem bem, como é o costume na Guarapiranga. O Carlos Castro esteve conosco e fomos até o terceiro lago, entrando bem. O plano era ancorar por lá, mas o vento estava muito forte e eu preciso fazer uma revisão séria nos cabos e correntes de ancoragem, principalmente depois do susto de Angra... A represa está cheia como nunca ví. Para qualquer lada que se vá, há calado... Aproveitei para levar veneno para as aranhas que insistem em fazer ninho em qualquer buraquinho que achem. Motor ligou na hora, apesar de mais de 40 dias parado. Ponto pra mim ! Valeu o final da temporada de carnaval e férias... Agora é voltar ao batente.

De 21 a 28/01/2005

Clique aqui para ler o relato desse período.


                 Pôr-do-sol na Gipóia

15/01/2005
    
Sábado de sol, fui matar a saudade do Tangata Manu velejando. Lá chegando encontrei o Gustavo e o Carlos Castro que estava colocando o Udja Udja na água. Saímos e acabamos nos encontrando na entrada do terceiro lago, onde também estava o Laércio com o veleiro Petruccio. Jogamos ferro e ficamos batendo papo no Udja Udja, onde fomos à nado. Depois de um tempo moscando e nadando voltamos à marina. Registre-se a dificuldade de tirar o ferro do local de todos nós, tendo o Carlos Castro perdido a âncora já que não conseguiu puxá-la de volta...

19/12/2004
    
Domingão de sol, após quase um mês de jejum devido ao trabalho que incluiu finais de semana, pude finalmente voltar à represa. Terminei a instalação do sifão no escape, coisa extremamente importante se eu levar o veleiro para o mar e recoloquei o terminal do fio do alternador, e ainda a entrada de água que foi reduzida, mas que havia faltado um niple na entrada junto ao registro. Terminado o trabalho o Carlos Castro me convidou para uma saída no Udja Udja, que aceitei imediatamente. Aproveitamos para filar uma regatinha com o pessoal do ASBAC, mas que abandonamos na segunda metade, já na volta, pela falta de vento (e de balão...). Depois desse dia de vela, uma refrescante chuva no lombo, enquanto ajudava o Carlos a cobrir o Udja Udja, que na verdade foi muito agradável depois de um dia de sol causticante. Terminamos com um sanduíche e uma cerveja... Se der ainda volto antes das férias, mas não sei se será possível... Nos planos estão uma velejada em Angra com uma turma de amigos, entre os dias 20 e 28 de janeiro... O nosso 
ano-terrestre-humano-não-velejador* está chegando ao fim... Mas o Ano-Manu* ainda está longe de acabar e até lá ainda vou aumentar o número de dias velejados...

* Ver explicação na seção "Velejômetro"

27/11/2004
    
Sábado, após as aulas de meteorologia do curso do Fábio Reis que organizamos, fui, com sol até a represa para verificar o alternador, que aparentemente durante o último pernoite no ASBAC, deixara de funcionar. Aproveitei, já que ia sujar as mãos, para trocar a mangueira de água de refrigeração do motor, que acho estava super dimensionada (mea colpa), deixando eventualmente subir bolhas de ar para o rotor da bomba d'água, expondo-o à ruptura por falta de arrefecimento. Claro que já aproveitei para verificar o estado do rotor (que estava OK). Achei um fio rompido no alternador, mas não pude trocar por falta de um terminal adequado. Não quis fazer gambiarra. Numa emergência poderia ter feito, mas como não é o caso, deixei o fio para ser fixado com o terminal apropriado. Outra coisa que aproveitei para fazer foi trocar toda a saída de escape do motor, de cabo a rabo, fazendo o tal sifão na parte traseira, protegendo o retorno de água, coisa que não havia. Foi um dia extremamente quente, mas valeu o trabalho...

13-14/11/2004
    
No sábado já fui com mala e cuia para pernoitar no Tangata Manu. Chegando lá encontrei o Gustavo saindo com o "Curuminha", e logo pulei a bordo para uma gostosa velejada, com rajadas fortes. O bichinho (Magnum 595) chegou a 7,5 nos. Mais tarde descobrimos que por algum lugar estava entrando água, o que  deve ter prejudicado a performance... Depois, no inicio da noite com o João Campos, nos dirigimos para o pernoite no ASBAC, combinado pela lista de discussão Guarapiranga. Lá chegando encontramos o Dudu Costa (Banzeiro) e o Pasquale, alem do Sergio e Fabio, num gostoso churrasco, que só não foi melhor por causa do vento gelado e da garoa. Mas aquecidos pelo vinho e cerveja, o papo correu solto ate que o sono e o cansaço levou todos aos respectivos veleiros para uma noite de sono... agitada! Foi uma noite de vento sul na cara, batendo e com umas saídas de madrugada para ajuste de amarração de cabos. Mas o amanhecer foi muito gostoso, com um cafezinho a bordo do veleiro do Pasquale, e depois com todos os comandantes no Tangata Manu. Mais que o evento em si, o gosto quem fica e de uma reunião de velejadores de cruzeiro, prazeirosa e com perspectivas de continuidade. Que bom ! Ate' a próxima !

06/11/2004
Sábado, depois de muito tempo (pelo menos para o meu gosto), fui até a marina para concretizar a venda da lancha de meu pai, a Sessenta Reis. Aproveitei para iniciar a colocação da bomba pressurizadora de água doce, e da madeira em forma de "V" que coloquei no lugar de um espelho horroroso que ficava na cabine de proa. Apesar de ter levado o óleo para troca do inversor, não tive tempo de fazer isso, já que compromissos familiares me aguardavam. No meio tempo, acabei recomprando o Boto 16 "Carino" que vendo ao Paulo Botinho... OK, vejamos se S. Pedro da uma folga no próximo feriado de 15/11... Quem sabe tiramos a poeira das velas e o limbo do corpo... Até lá vou lendo meus novos livros "Memórias do Mar" do Tabarly, e "Steppenwolff e o Centauro Navegador" e "Timão e fogão" ambos de Edwin Rudyard Wolffdick (nossa o cara pegou todas as consoantes pra ele!). 

23/10/2004
Sábado, novamente uma pequena trégua entre frentes frias, depois da visita ao São Paulo Boat Show na sexta, fui ao Tangata Manu terminar a laminação do suporte da bomba de água doce e do carpete da cabine de proa, além de levar uns tapetes para o piso central e também trocar as lixas antiderrapante da escada. Foi um dia de trabalho mas como sempre, prazeroso, pois o resultado final está muito bom e deixando o Tangata cada dia mais bonito, funcional e seguro...

18/10/2004
Sábado entre duas frentes frias, o tempo deu uma folga e fomos até o veleiro para fazer algumas coisinhas. Colei o carpete no camarote de proa e também iniciei a fibragem do suporte da bomba pressurizadora de água, para poder fixá-la com mais segurança. Como a recomendação técnica é de não se fazer mais de 3 camadas de manta e eu queria pelo menos 4, fiz as duas primeiras e deixei duas para a próxima semana. Aproveitei e deixei a bomba um pouco mais recuada, com mais espaço, já que recuei seu lugar original que era muito à vante, deixando pouco espaço para todas as passagens de água que ficam por lá e conseqüentemente dificultando a manutenção. Vários veleiros estavam por lá, mas todos em manutenção: o Leôncio do veleiro "Petruccio" instalando um cd player, o Jonny do Sagar, lixando o casco com seu filho, o Paulo ex-botinho com seu sócio, mexendo nas mangueiras do seu velamar 23 novo, o "Millenium", e até o Carlos Castro resolveu colocar a mão na massa e estava dando uma trato na pintura da linha d´água e do nome no Udja-Udja. Parecia mais um estaleiro que uma marina... Cervejas e almoço à parte, a Diana ficou com a Helena enquanto ela dormia à sombra e depois foram à bordo para tirar umas medidas para as cortinas e outras modificações que ainda serão implantadas... Até a próxima Tangata ! 

13/10/2004
Segundona de emenda voltei ao barco sozinho para algumas tarefas de manutenção e continuidade na reforminha do veleiro. Desta vez fui investigar o aquecimento do motor e após trocar uma mangueira velha e ressecada por uma nova, abri a bomba d'água. Não deu outra: o rotor estava ruim e não mandava água suficiente, além de a tampa da engraxadeira do mesmo ter caído, ou seja, parte da pouca água que o rotor mandava pro motor ainda deveria estar saindo para o porão. Achada a tampa, limpei, engraxei e troquei o rotor. Beleza pura. Depois disso aproveitei o entusiasmo da limpeza e parti para um polimento da pia, que também ficou muito bonita depois de acabado o trabalho. Ainda instalei a luz de alcançado com leds de alto brilho e as tramelas na porta reformada. Os trilhos da cortina também foram colocados e agora só falta a própria. Aos pouquinhos o Tangata Manu vai ficando com cara nova...Depois de tudo ainda tive pique pra retirar o carpete mofado e sujo da cabine de proa, além do espelho brega que a decorava, que serão substituídos loguinho. É isso aí. Semana curta. Resta torcer pro tempo ajudar e no próximo final de semana podermos voltar...

09 e 10/10/2004
Finalmente após um período grande sem velejar, aproveitamos o feriadão. E como ! Sábado após o almoço saímos Diana, Helena e eu, com a tralha para pernoitar no Tangata. Chegando lá encontramos o Gustavo cutucando seu veleiro e o convidamos para uma velejada. Dia gostoso, de sol, com um vento razoável. O Carlos Castro e sua esposa também saíram no Udja Udja. Antes de entrarmos no lago principal, o Gustavo quis parar no Yacht Clube Paulista, em frente à nossa marina, para ver um casco de Laser à venda. Lá fomos nós e logo na chegada a Helena já toda animada saiu do veleiro para explorar o novo clube... Após a vistoria do tal casco, saímos em direção ao terceiro lago e aproveitei para capturar alguns waypoints para calibrar a carta náutica da represa que estou fazendo. O Giba me emprestou uma espécie de carta que ele tinha, mas ela não tem exatamente o que eu preciso, que é a escala de Long e Lat. Em todo caso, servirá de referência, junto com outra que o Dudu Costa disponibilizo na web, que mostra um pouco das áreas mais rasas e mais profundas da represa. No final da tarde, retornamos no motor que aqueceu um pouco além do normal e, mais tarde eu viria a saber, o rotor da bomba d'água que havia quebrado. Em todo caso, nessa hora ficamos no pontão e já começamos a organizar a bagunça com sacos de dormir, panelas e um gostoso bate-papo. O Gustavo havia decidido pernoitar por lá também e filou um bote com o Giba para, mais tarde ir pro Kalik dormir. Assim que começou a escurecer, apareceu o veleiro Açai, do Marcelo e sua esposa, que imediatamente foram convidados a chegar e, à contrabordo, juntaram-se a nós que a essa altura já com o Gustavo à bordo, papeávamos, obviamente com as devidas cervejas e beliscos. Depois de um tempo fomos convidados a conhecer o interior do Açaí, um Velamar 24 que está há muitos anos na mesma família e por conseqüência, como se estivesse saído do estaleiro. Lindo. Depois de um vinho e um bate papo animado bateu o sono e acabamos por dormir. Uma noite gostosa e tranqüila, apesar dos pernilongos zumbidores (já comprei um querosene à base de citronela pro lampião e uma espiral. Na próxima eles me pagam !).
Pela manhã, o Gustavo veio para o café da manhã e mais tarde um pouco apareceram também o Carlos Castro e a Meggy com um bolo e pãezinhos de padaria. Delícia. Com o tempo fechando e a frente fria entrando resolvemos voltar pra casa logo após o almoço. Até a próxima Tangata !

19/09/2004
Domingo de forte calor após o sábado de chuva com granizo, fomos velejar em família, Diana, Victor, Helena e eu. Levamos muita bebida e água pois o calor estava forte, além de gelo e comida. A intenção era almoçar em algum lugar gostoso da represa após jogar ferro e sair com o bote. Saímos sem vento, motorando, já que o vento sempre acaba entrando lá pelas 14h. No meio do caminho um contratempo com o motor, pois uma mangueira (a que leva a água da saída da tampa do cabeçote para a mufla) rompeu-se, fazendo um forte chiado de panela de pressão e soltando um pouco da fumaça para dentro do compartimento do motor e por conseqüência, da cabine. Mais o cheiro do que a fumaça e, como já estou mais experiente, imediatamente desliguei o motor e fui fuçar o que havia acontecido. Iniciei por setores, da saída do escape para dentro, passando pelos registros até chegar à tampa do compartimento. Um rápido exame mostrou ser a tal mangueira que acabara se entupindo, acho que por excesso de óleo no motor, mea colpa. Como não havia mangueira sobressalente naquela bitola (Murphy, maldito !), cortei a própria e recoloquei-a no lugar, o que por sorte acabou dando certo. Continuamos a caminho e sem querer arriscar muito, paramos na primeira prainha que nos pareceu aprazível. Saindo do primeiro lago, e contornando para boreste, fundeamos a 19 pés, onde existe uma casa velha de alguns andares cuja construção é inacabada e que dizem seria (foi ?) de um embaixador da índia  ou algo assim. Antes de chegar, ainda no bote, uma suposta dona da casa abriu o alambrado que separa sua casa da praia e soltou um cachorro e do alto de sua cerca gritou que era uma propriedade particular e que não podíamos ficar ali. Junto conosco por coincidência chegou um simpático casal, Oscar e Divina, no pequeno Jou-Jou, um veleiro que não identifiquei. Por nossa sorte (ou azar dela ?) o tal cão era um Golden Retriever, cujos latidos foram trocados por abano de rabo quando eu abaixei e o chamei brincando. Vendo que sua tentativa de intimidação não surtira efeito, chamou o segurança do bairro que, acompanhado de mais dois sujeitos enormes, maltrapilhos e mal encarados vieram "conversar" conosco. Bem, apesar de achar que estava no meu direito, achei também que nada como levar a coisa no papo e expliquei ao tal segurança que entendia a situação, que se a casa fosse minha também não gostaria de bagunça por alí, etc, mas que por outro lado, além de não ficarmos muito tempo, como Capitão (olha a carteirada aí, gente !), eu era conhecedor da regulamentação e tinha alguns conhecimentos na marinha, que ele explicasse para a proprietária que iríamos embora em pouco tempo, o que aconteceu e não deu mais em nada....
Resolvida a situação - o que absolutamente não me estragou o domingo e o piquenique com minha esposa e filhos, aproveitamos o restante da tarde para velejar um pouco e voltar à poita. Depois de uma cerveja e toda a faina de recolher as tralhas, voltamos cansados para uma chuveirada revigorante.

05-06/09/2004
Feriadão de 7 de setembro, fomos velejar no domingo. Dia de sol e pouco vento na manhã, à tarde entrou uma boa aragem que nos permitiu chegar aos 6,8 nós em través, diga-se de passagem, nas mãos da Almiranta. De carona o Gustavo e um amigo dele que conhecemos no domingo. Bom papo, boa cerveja e muito relax. Na segunda voltei sozinho para uma boa limpeza nos beliches e na pia, além de óleo de peroba em todo o interior. Também fiz a instalação das luzes de BB e BE, além da luminária da cabine. Levei o painel de instrumentos para fixá-lo no lugar e dar início aos "finalmentes" da parte elétrica. Já em casa, no dia 7, iniciei a pintura da porta da cabine, que havia tempos tinha lixado e maciado. Faltava o tempo de ficar em casa para terminar. Falta ainda uma ou duas demãos de osmocolor - opção ao invés do verniz para deixar a madeira mais protegida...

24 a 29/08/2004
Fui ao Rio de Janeiro para o V Simpósio de Segurança do Navegador Amador, na Escola Naval. Durante o evento habilitei-me para Capitão Amador, após 4 dias de intensa atividade e estudos. Foi uma experiência maravilhosa onde convivi com a rotina militar e respirei mar, barcos e pessoas do mar. Seja nas palestras ou nas aulas, coffee break ou refeições, o assunto era o mesmo e isso para um velejador é um grande prazer. O principal destaque foi a presença de pessoas simpáticas e de espírito colaborador, que permeou os bate-papos: de proprietários de iates a marinheiros, passando pelos oficiais, professores e colegas de Simpósio, o clima era de amizade. 
Durante a semana, as matérias de estabilidade, navegação eletrônica, astronomia e meteorologia foram sendo ministradas e nós estudávamos feito desesperados. das 8 às 18h e depois na biblioteca até às 22. Algumas das palestras reforçaram o conteúdo e ajudaram na fixação.
No sábado, após um dia de palestras, demonstrações e reforço de aula, fomos conhecer o porta-aviões São Paulo, onde houve um coquetel. No domingo, após a programação do Simpósio, o resultado dos exames e entrega das carteiras aos aprovados.

Em 29/08/2004, tornei-me Capitão Amador. 
Dedico a você, pai. Obrigado pelas lições de vida. Nos vemos
nas noites estreladas junto às ardentias que iluminarão minha esteira e nossos sonhos. 
Até qualquer dia...


                                    Ralando na biblioteca e tietando com a família Shürmman

22/08/2004
Domingo fomos para iniciar a faxina geral. Levei o aspirador de pó, e dá-lhe. O dia todo no ralo para deixar o barco limpo. Ainda falta muito, principalmente nos porões, mas estamos no caminho. No sábado eu fiz um curso rápido (3 horas ) de laminação (fibra de vidro), e acho que agora já estou apto a fazer algum reparo ou mesmo pequenos experimentos de peças com moldes. Muito legal isso de não achar mais que esse tipo de coisa é mágica e ficar sem saber avaliar um orçamento de mão-de-obra... e o mais legal de tudo é que pra pequenos reparos não preciso avaliar nada: agora eu mesmo faço, hehehe

14/08/2004
Sábado voltei à represa para verificar o conserto (fibragem) no pequeno vazamento que havia. Ficou  nota 11 ! Muito bem realizado. Só o pó de fibra que resultou da lixadeira é que está pior toda parte no paiol de popa e do motor para trás. Mas nada que um bom aspirador e uma boa lavagem não resolva...
Aproveitei para reforçar a vedação com Sicaflex nos pontos que achei necessário e comecei a parte elétrica (a última da reforma !), com a colocação de terminais em alguns fios das luminárias que já estão prontas com os novos leds de alto brilho. Retirei as luminárias internas que ainda não haviam sido feitas (banheiro, cozinha e camarote de proa) para terminar essa parte de luzes. No mais fica faltando aquela limpeza e sair velejando ! Encontrei o João Campos (Sofia Júlia), o Ricardo Gobbi e o Carlos Castro (Udja Udja). 

 

 
   Quando o  velho Sans Souci saiu da água ...                 ... o projeto já estava pronto no computador


 ... só esperando a pintura de fundo para adesivar

07/08/2004
O sábado de sol prometia uma frente fria no final do dia segundo a previsão. Na teoria, iríamos fazer uma faxina completa, além de deixar um automático provisoriamente instalado no porão. Na teoria... Chegamos e fomos tirando a  tralha toda, mas logo percebi que havia água em excesso. Nada que  preocupasse, mas água entrando no porão sem você saber por onde sempre é preocupante. 
Esgotei-a toda e com auxílio de uma pano e do balde sequei todo o porão de maneira a acompanhar qualquer gota, por onde quer que entrasse. Ela vinha de trás, da popa. Primeiro pensei que fosse a velha e boa (boa ?!) gaxeta, mas eu havia apertado na semana em que o barco foi para a água e deixado sequinho... Abri a antepara do beliche de popa e não era. Esvaziei o paiol de popa e entrei e fui secando as pocinhas até que achei, por dentro do barco, um local entre a laminação do eixo do leme e o local onde fica o silencioso, por onde brotava um pouco de água por um antigo remendo de massa plástica. Com a retirada para o seco acabou por deixar a água entrar. Apesar de ser mínimo, algo como uma área de uns 10 por 10 cm, já estou com um remendo fibrado em vista de maneira a acabar de vez com esse problema e aí sim, aquela faxina me aguarda... De resto fui ver o enrolador do Gobbi que havia sido retirado desde a regata, pois não conhecia o funcionamento. Depois, decidi por  instalar provisoriamente um automático na bomba de porão antes da instalação definitiva (seguro morreu de velho), assim qualquer agrave do problema fica resolvido. Recolocamos a lona de cobertura e também providenciamos ilhoses novos em mais locais permitindo que a fixação ficasse melhor do que estava, e fomos para casa curtir o friozinho junto ao fogão à lenha...

24 e 31/07/2004
Terminei a adesivagem do Tangata Manu e colocamos na água na sexta, 30/7. Muito trabalho e estresse, quando se mexe na parte hidráulica no seco para depois colocar o barca na água. Foram 3 pontos abaixo da linha d'água: entrada do motor e wc e saída de esgoto do wc. Nos três pontos houve pequenos vazamentos corrigidos. Após bastante tempo fora da água, tinha dúvidas quanto às baterias, ao motor ser ligado sem água até que ela fosse puxada pelos canos... Agora tudo OK. 
No sábado, dia 31 aniversário da Diana e regata. Um dia muito agradável, apesar de pequenos incidentes. Convidei o Carlos Castro e o Fernando para compor a tripulação. Não deu outra: troféu ! 
Primeiro na categoria e 5º na geral (16 participantes), embora tivessem colocado um snipe de madeira no meio dos mini-oceano. Considero como se fosse um 4º na geral...
:-)

A registrar: 
1) Carlos Castro ficou com a adriça da genoa nas mãos. Tivemos que subir ao mastro (o menino da marina - faça-se justiça) para recolocá-la.
2) Enfiei o costado no pontão de maneira cinematográfica. Marcas de peneu de cabo à rabo. (espero esta semana já estar limpo e brilhando novamente...).
3) Quebra do amantilho após uns belos jibes. Chuva de argolinhas em cima da turma do cockpit... 
4) O Carlos Castro (novamente o Carlão !), tentou assassinar a Almiranta soltando a retranca na mão dela. Ainda bem que ela traz sempre os primeiros socorros extra com pomadas e mandingas...
5)  Festa de entrega dos troféus com bolo e champagne surpresa para a Almiranta. 

Uma festa muito legal organizada pelo João Campos (veleiro Sofia Julia). Valeu o final de férias de inverno... 

 
Plano de adesivagem do Tangata Manu

15/07/2004
Fui à represa conferir o trabalho de pintura do fundo e colocar os chuveirinhos de popa e do banheiro, além de apertar a pia por baixo, já que só agora consegui comprar a ferramenta apropriada para "apertos em lugares apertados"... Também fiz uma limpeza geral no costado, retirando os adesivos velhos e dando uma geral para preparar a nova adesivagem. Troquei meu bote velho por um semi-novinho, com um ano de garantia na fábrica (arboat), além de ter colocado o nome do Tangata Manu nos bordos. Os adesivos foram esquematizados e a arte ficou pronta no computador. Agora é só plotar e adesivar, terminando a reforma de pintura e hidráulica. Falta só o término da parte elétrica, instalando o painel e as luzes com leds de alto brilho, uma limpeza geral e "voilá", só alegria... Quem sabe não acabo levando o Tangata pro litoral antes do planejado...

11/07/2004
Infelizmente meu grande amigo e pai faleceu na quarta, dia 7/7/04. Fica a lembrança de muito amor e a imagem do dia 19/6 (ver abaixo), quando pela última vez navegamos juntos na Sessenta Réis com a Helena e a Diana. Fica em paz, Vicentão, que em breve estaremos reunidos novamente ! 
Não fomos à represa no final de semana, embora eu tenha ido levar a tinta do fundo (epoxi catalizada com amida) para o rapaz que está me dando uma mão na sexta...

04/07/2004
Final de semana atrás de reforma. Fomos até a marina para ver a limpeza e o início do trabalho de lixar o casco. Incrivelmente após 7 anos na água o estado geral do casco é excelente. Aproveitamos para a finalização da parte hidráulica que precisava ser feita no seco, trocando todas as mangueiras do wc e entradas e saídas de água abaixo da linha d'água, incluindo registros e etc. A aparência do velho Manu já é outra após a limpeza... 


Conferência antes da obra...


Diana, Helena e a esposa do Ricardo Gobbi aguardam o final da faina

27/06/2004
Domingo de sol após um sábado de muito trabalho, fomos até a represa trabalhar no seco. Além de Diana e Helena, meus sogros também foram, o que foi extremamente produtivo pois minha sogra deu uma mão com a Helena enquanto eu e meu sogro desmontávamos alguns encanamentos sob a linha d'água. Tirando o sacrifício de sobe e desce de escada a cada vez que se precisa de alguma coisa, até que lá de cima fica engraçado ver o povo do Jet sky pra lá e pra cá... Como a carreta foi feita no Pier Point (Marina Guarapiranga), e lá a rampa fica num lugar mais profundo (na seca dá pra tirar e recolocar o veleiro por mais tempo) acabamos por sair do Clube Náutico Paulista e ficar por lá, agora nossa nova casa... Encontrei o Ricardo Gobbi e a esposa que saíram no veleiro deles. Mais tarde apareceu o Gustavo e o Carlos Castro e deu até pra rolar um papinho entre um parafuso enferrujado e outro... Sábado que vem, dia 03/julho tenho uma aula no planetário de Campinas mas no domingo devo voltar para começar a remontar a parte hidráulica retirada... Quem sabe na semana que vem dá até pra lixar e pintar o fundo... Até breve Tangata Manu...


Ricardo Gobbi no pontão

25/06/2004 (quarta-feira)
Finalmente ficou pronta a carreta e o Tangata Manu está fora d' água. Agora podemos terminar as partes hidráulicas (escape do motor parte final, entrada de água de refrigeração do motor e entrada/saída do wc) coisas que não se pode fazer na água...

19/06/2004
Lá fomos nós outra vez para a lancha do meu pai, a Sessenta Réis. Desta vez a Diana e a Helena foram junto. Foi um dia ensolarado, e agradável (apesar do ronco do motor...).
;-)
No Tangata Manu apenas liguei o motor e a bomba de porão para esgotar alguma água no fundo e abri para arejar. Como no domingo o Victor (meu filho mais velho) tinha uma apresentação no teatro Célia Helena, não consegui sequer estudar... chiii, preciso "tirar o atraso"...


O cansaço após o dia na represa...

12-14/06/2004
Meti-me a fazer um curso de Navegação Astronômica (13 aulas à noite...). 
Uau, quanto não sabemos ! Quanto a aprender... Conceitos abstratos e que exigem um belo exercício de abstração nos modelos que explicam - ou tentam - as regras que regem nossos horário e nosso cosmo... Dá-lhe estudar...

11/06/2004
Fui com meu pai colocar a lancha dele na água. Desde o ano passado tínhamos combinado de descê-la, mas nenhuma oportunidade apareceu. Neste feriado entretanto, conseguimos. Primeiro paramos num posto e colocamos a gasolina que foi misturada com o óleo. Como a lancha estava parada há muito tempo, foi um parto fazê-la pegar. Ainda bem que levei um cabo para chupeta... Com o carro ao lado e alguma insistência finalmente pegou. Aí foi só colocar na água e passear pela represa, que meu pai não conhecia. Lá pelas tantas a gasolina foi terminando e o pescador ficou no seco. Morreu... Achamos que havia sido algo mais grave e tratei de ligar pro clube atrás de socorro... Enquanto isso fui até o tanque e deitei pro lado do pescador, enquanto meu pai tentava a partida. OK, conseguimos !

Ainda bem que a bateria deu aquela carregada básica durante o passeio... Lanchas... 
Bah !
:-)
A represa estava vazia. Acho que todo mundo resolveu viajar... Encontramos apenas um maluco arriscando num wind surf... Muito vento e uma frente fria entrando... O Tangata Manu só de longe... Até a próxima...

06/06/2004
  
 Vovô e vovó no Clube com a Helena...

Domingão de sol, apesar do frio intenso sobre a capital paulista, fomos à represa ver como estavam as obras da carreta do Tangata Manu. Aproveitei para convidar meu pai e minha mãe, o que foi muito agradável e prazeiroso. Minha mãe que é avessa à água, barcos e congêneres ficou no pontão até que a primeira lancha saísse e a marola balançasse seus pés. Depois foi em terra firme e ficou de longe olhando...

Já meu pai sentou no cockpit do Tangata Manu e ficou curtindo a neta, brincando de tomar chá. Ligamos o motor, a bomba de porão e fomos almoçar no Clube, e depois curtir um papo com os amigos no Pier Point...

Lá estava o Gustavo, com um recém adquirido Snipe de madeira e também o Neto, com seu 33... 

...e que acabaram formando uma comissão para palpites aleatórios sobre o berço, altura da carreta na passagem da quilha, entre outras valorosas tentativas de colaboração...


O artista e sua obra...

 
Convenção de palpiteiros - como é praxe nessas ocasiões...

No final da tarde uma cerveja selou a convivência dos náuticos, pelo menos até o próximo final de semana...

29/05/2004


Victor e Helena no Clube                                                                                       Helena "pescando"...

Finalmente fomos à represa ,Diana, Helena Victor e eu. Apesar de não sairmos, foi um dia muito agradável. Abrimos o barco para aquele solzinho entrar, ligamos o motor, bomba de porão e almoçamos com o pessoal no Pier Point, marina ao lado do Clube. Lá pude trocar algumas figurinhas com o Gustavo, e estrear o sextante, pelo menos o que diz respeito ao manuseio e visadas regulando os espelhos. O Gustavo ainda me emprestou alguns livros sobre astronomia de posição e entre uma feijoada e uma cerveja começamos a acertar alguns detalhes sobre a semana de vela de ilhabela. No mais foi curtir um bom papo de velejadores com o Carlos Castro, e outros que por ali também estavam. Parece que com o frio poucos se animaram a velejar efetivamente...


Estreando o sextante...

23/05/2004
Como ainda estamos todos nos recuperando das respectivas gripes, mesmo com a melhorada do      tempo resolvemos ficarem casa nesse final de semana. Mais uma na soma do "nada a ver" do Velejômetro...

16-17/05/2004
Mais uma frente fria chegou à São Paulo, trazendo chuva no sábado. No domingo entretanto, o que nos impediu de velejar foi uma forte gripe que pegou a mim e a Heleninha. Ambos acamados em casa, à base de chá de guaco, xarope e remédios... Vamos tratar de sarar esta semana para poder retomar as atividades náuticas no próximo final de semana... 

09/05/2004
Sábado de frente fria, mas com sol, fui com o Carlos Castro ao Yacht Clube Paulista dar uma olhada em um leilão de barcos e cascos que havia por lá. Completos apenas um Day Sailer, um Magnum e um Laser. Vários cascos e duas lanchas... Depois fomos até o Náutico Paulista para uma feijoadinha básica e aproveitei para esgotar a água com limpa porão que deixamos no Tangata Manu no final de semana passado, e deixar o motor funcionando por um longo tempo, coisa que quase não fazemos e que é importante para que ele se conserve em dia... No almoço uma agradável papo com o pessoal do clube, inclusive o Jorge Bastos, proprietário do "Buzios", um Brasília 27S... Vamos ver se saímos no próximo final de semana, se a nova frente fria que deve chegar à Sampa na quarta-feira permitir...


Domingão de muito sol e vento...

03/05/2004
Domingo de muito sol e muito vento. Velejada gostosa (9,5 mn) com velocidades que atingiram 5,3 kn em 3h de diversão. Saímos do pier do clube por volta das 13:30h sem pressa e chegamos até a entrada do terceiro lago, de onde retornamos por causa do horário. Encontramos o Ricardo Giobbi lá pela Ilha dos Eucaliptos. Antes de sair ainda passei no Giba, (cuja mãe falecera nesta madrugada, e que estava de saída para o enterro) e pude conhecer o 33 pés do Neto, recém adquirido e trazido para a represa para uma geral antes de levá-lo novamente para o litoral. Depois, liguei pro Carlos Castro perguntando se viria, mas ele tinha compromissos familiares, pedindo para que eu retirasse o traveller e o violino do Udja Udja e levasse embora para ele pegar durante a semana comigo. 
A nota semi-desagradável do dia ficou por conta de um neurótico regateiro de Laser, que não queria  que eu atravessasse a raia (que diga-se de passagem é quase impossível a não ser que você arrisque encalhar um veleiro de calado de 1,4m... ). Óbviamente que essas reclamações malcriadas em geral são dos "brações" que, do "alto" de seus últimos lugares esbravejam impropérios contra qualquer coisa que possa justificar mais tarde, em casa, seu péssimo desempenho na competição... Os mais atentos percebem as manobras e até paradas aproadas ao vento para deixar passá-los com folga... Aliás, neste mesmo dia um deles também gritou um "Obrigado" após me ver dar um bordo e parar prara que ele passasse... 
Fazer o quê...?! (Abrir outra cerveja e levantar a lata ao esbravejador desejando: "Saúde!").
No Tangata Manu, depois que chegamos, jogamos um pouco de limpa porão e deixamos agindo com um pouco de água para, na semana que vem jogar fora com a bomba e tentar retirar mais um pouco da borra de óleo que está por lá desde que adquirimos o veleiro. Levamos também a capa nova que a Diana fez, mas não deu pra ver como ficou porque deixamos com o marinheiro para que ele a colocasse, já que estava tarde e ficando escuro e a Heleninha precisava ficar de molho na bacia pra tirar a sujeira do final de semana...
Até a próxima Manu !! 


Lá vai o Neto com o 33...

27/04/2004
Final de semana com chegada de frente fria. Não saímos de casa por causa da garoa e do frio. A Diana aproveitou para terminar a costura da nova capa de proteção que havíamos iniciado...

17/04/2004
Aniversário do Tangata Manu. Há exatamente um ano, em 17/04/2003, eu fechava a compra de nosso querido veleiro ! A comemoração foi - como não poderia deixar de ser, velejando. Num lindo dia de sol, com pouco vento (menos de 3 nós), mas bastante divertido e tranquilo. Diana, Helena e eu fomos à represa no domingo (na verdade dia 18/4) e curtimos um lindo dia de sol com lanche, cerveja gelada e alegria. Vi o Ricardo Gobbi, amigo de lista Altomar e o mais novo proprietáio da Guarapiranga, com o seu Gaivota 23. Mas como estava passando pelo Pier Point e ele estava no pontão, acabei não falando com ele. Só acenamos de longe.... Abro o novo diário como Mestre, após o exame da semana passada, após oito meses de atraso, já que havia planejado fazer o curso e o exame em meados de julho do ano passado, mas que por problemas de saúde em família, deixei de fazer. Depois, com a correria do dia-a-dia, fui deixando para uma fase mais tranquila, o que se mostrou ser uma decisão acertada, já que pude estudar com tranquilidade e por causa disso o exame não me pareceu nada de outro mundo...Até a próxima Tangata Manu !!! 


Tem gente que acha que na represa não tem vento: rajadas de 100km/h destruíram em 19/04/2004 parte do 
galpão do YCSA, localizado próximo ao paredão da Guarapiranga.
Fotos de Gustavo Exel com avião RC

Foto: Gustavo Exel
O mais incrível foi que no domingo, véspera, 
quase não houve vento...

Diário de Bordo Ano II

O primeiro ano de proprietário de veleiro foi muito gratificante. O diário e bordo Ano I, começa com a aquisição do veleiro e termina com a aprovação no exame de Mestre Amador. 

Foi um ano de aprendizado, momentos de superação e esforço, pois nem sempre temos o tempo, o dinheiro e a tranquilidade necessários para nos dedicar ao que queremos. 

Temos a mania do imediatismo e nos esquecemos que temos que respeitar o tempo dos outros. No trabalho, na família, com os amigos e com nós mesmos. Temos que negociar e por consequência, abrir mão de algumas coisas por outras. Aprendi que é preciso planejar e lutar por coisas que achamos que daqui há 10 anos valerá à pena, e abrir mão do que pode parecer importante hoje, mas que no futuro sequer nos lembraremos que deixamos para trás... Aprendi que tempo e paciência não são perdidos. São investidos... Afinal, "quem vai ao mar, avia-se em terra...".


Início | Contate | História | Veleiro | Onde ficamos? | Diário | Cozinha | Download | Safa Onça | Outros 27 | FotosFrasesLinks
"Definição de Cruzeiro Marítimo: Trabalhar na manutenção do barco em locais paradisíacos."
Autor desconhecido